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Milagre do Rio Hudson: Piloto vira herói ao fazer pouso forçado e salvar 155 pessoas

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Milagre! Dez anos atrás o mundo da aviação ficou boquiaberto, devido a um evento que foi posteriormente chamado de: um milagre do Hudson.

Naquele dia dois pilotos de avião precisaram utilizar a única pista de pouso que eles conseguiram alcançar, para um pouso de emergência, numa parte estreita do Rio Hudson na cidade de nova York.

Como uma situação tão grave assim não levou nenhuma vida? Vamos descobrir!

Em 15 de janeiro de 2009 o vôo 1549, da US Airways era um vôo de rotina do Aeroporto Laguardia, em Nova York, para o aeroporto Charlotte Douglas na Carolina do Norte.

O capitão do Airbus a320, Chelsey Sullenberger, apelidado de Sully, ele tinha 57 anos. E é um especialista em segurança da aviação e ex-piloto de planador.

Antes de ingressar na aviação civil, em 1980, ele foi piloto de caça e serviu na força aérea dos estados unidos.

Neste dia fatídico Sullenberger já havia registrado mais de 19 mil horas de vôo, incluindo quase 5 mil em um a320. O co-piloto era Jeffrey Skiles, de 49 anos, com mais de 15 mil horas de voo, embora nenhuma delas em Airbus a320.

Além dos dois pilotos, havia 150 passageiros e três tripulantes de cabine a bordo do avião.

É chocante a velocidade com que algo tão assustador, e que possa alterar tanto uma vida possa acontecer.

Em um momento os pilotos enchem o jato com combustível e o avião decola, e dois minutos depois ele perde toda a potência do motor e está prestes a cair do céu.

O voo sobre o Rio Hudson

Mas espere eu estou pulando etapas! Às 15 horas e 24 minutos os pilotos estavam prontos, e a torre de controle do aeroporto Laguardia liberou o voo para a decolagem.

Todo o equipamento funcionou sem nenhuma falha e o tempo estava ótimo com visibilidade de 16 quilômetros, o que proporcionou a tripulação da cabine, uma vista de tirar o fôlego sobre o rio Hudson.
Como eles poderiam saber que muito em breve o Rio Hudson seria sua única esperança de sobrevivência?

De qualquer forma, aquele voo era apenas mais um um voo de rotina.  Trecho que o Capitão Sullenberger, havia feito nos últimos 40 anos de sua carreira.

Só um milagre para salvar todos!

Bom, certamente, pelos primeiros 100 segundos, a tripulação do cockpit passou esse tempo ganhando altitude, e realizando uma série de tarefas necessárias em voo.

Então, abruptamente tudo aconteceu: às 15 horas e 27 minutos com avião se movendo a 346 quilômetros por hora, o Capitão Sullenberger notou um bando de gansos do Canadá, instantes antes de o avião atingir os pássaros.

Movendo-se uma velocidade tão alta e uma altitude de mais de 850 metros, os pilotos não tinham como evitar a colisão. Eles só podiam observar, imponentes os pássaros grandes que preenchiam sua visão.

Então, a aeronave estremeceu! E todos ouviram sons retumbantes e os trombos ensurdecedores vindos dos motores.

Os passageiros sentados nos assentos de janela, viram chamas saindo dos motores e então, havia apenas um silêncio ensurdecedor e o cheiro de combustível.

Cada pessoa no avião deve ter pensado naquele momento: “isso não pode estar acontecendo comigo!”

Contudo, Sully não perdeu a sua presença de espírito, mesmo depois de perceber que ambos os motores tinham parado de funcionar.

Ele entendeu que não tinha a possibilidade de a aeronave, acabar em uma pista de pouso sem danos!

Assumindo o controle

Então, apenas alguns segundos depois da colisão, Sullenberger entrou em ação! Ele assumiu o controle, enquanto Skiles tentava reiniciar os motores.

Infelizmente, sua primeira tentativa não trouxe nenhum resultado. Mas então o piloto conseguiu pelo menos, ligar a unidade de energia auxiliar (APU), sem a qual a aeronave teria sido incontrolável.

Os pilotos não seriam capazes de ir para a esquerda ou para a direita, para cima ou para baixo. E o avião estaria literalmente caindo do céu.

Com a APU ligada, o avião ainda estava subindo mas, estava visivelmente diminuindo a velocidade. Depois de atingir uma altura de 3 mil pés aeronave iniciou uma descida, com velocidade de até 386 quilômetros por hora.

Às 3 horas e 28 minutos, a aeronave já havia descido mil 650 pés. Portanto, a situação era terrível e exigia ações imediatas. Cerca de 20 segundos após o avião perder a potência do motor, o Capitão Sullenberger enviou uma chamada de socorro.

“Bati em pássaros. Sem impulso nos dois motores. De volta ao Laguardia”

Foi o seu relatório desesperado.

Incapaz

O controlador de tráfego aéreo, ordenou que a torre do aeroporto interrompesse todas as decolagens. E pediu a Sullenberger que se dirigisse para a pista 13.

Mas o capitão respondeu com apenas uma palavra: incapaz!

Naquele momento o experiente piloto já havia percebido que o avião não seria capaz de voltar ao aeroporto.

Ele disse controlador de tráfego aéreo, que eles poderiam acabar no rio Hudson. Contudo, o controlador, não podia acreditar no que estava ouvindo e não queria aceitar a verdade aterrorizante.

Ele tentou achar um jeito de trazer o avião para a pista. Mas às 3 horas e 29 minutos, Sullenberger, repetiu suas palavras: incapaz!

Só que dessa vez ele tinha ainda mais certeza, o avião ia acabar no rio.

O pouso no rio: o milagre!

milagre avião no rio

Apesar de Sullenberger, nunca ter feito uma manobra parecida antes ele estava pronto para sacrificar o avião para salvar a vida dos passageiros e da tripulação.

Único lugar na área metropolitana de nova Iorque, densamente povoada. Que seria cumprido largo e liso suficiente para pousar um avião pesado e descia a uma velocidade vertiginosa, era o rio Hudson.

Entretanto, depois de perceber isso, o capitão passou os três segundos seguintes, uma quantidade de tempo gigante naquelas circunstâncias, fazendo o seu único anúncio.

Soando confiante e calmo ele disse:

“Aqui é o capitão! Preparem se para o impacto”

Imediatamente depois disso, ele ouviu a tripulação da cabine gritando ordens aos passageiros. Dizendo lhes que se preparassem ficassem no chão.

Os pilotos não podiam prestar atenção em nada, além da descida. O avião voou a menos de 300 metros acima da ponte George Washington, enquanto o co-piloto, estava informando a velocidade e altitude do avião.

No cockpit ouvia se repetidos avisos por uma voz computadorizada:

“Atenção terreno, pouca altitude! Atenção terreno, puxar para cima, puxar para cima”

O milagre aconteceu

E então, as 3 horas e 31 minutos da tarde o avião pousou no rio. Contudo, o impacto foi forte, mas o avião estava a tona e milagrosamente intacto.

Quase no mesmo momento, os pilotos exclamaram:

“Não foi tão ruim quanto eu pensava! Nada Mau!”

Mas naturalmente esse não era o fim da história. A equipe teve que evacuar as pessoas de um avião que estava flutuando no meio do Rio.

Quando o avião parou na superfície do rio, a tripulação da cabine começou a evacuação. Alguns dos passageiros escaparam para as asas do avião. Outros pularam em botes.

Pouco antes os controladores de tráfego aéreo, haviam contratado a guarda costeira e pediram que se preparassem para ajudar no resgate.
É por isso que apenas quatro minutos, após o desembarque do rio os primeiros barcos de resgate começaram a chegar.

Mas a situação estava longe de ser considerada segura. Um passageiro em pânico, abriu uma das portas traseiras, e a comissária de bordo não conseguiu selar novamente.

Perigo à frente

A água começou a encher o avião através dessa porta, bem como, através de um buraco na fuselagem. O nível da água estava subindo rapidamente, e a tripulação da cabine estava pedindo para os passageiros subirem nos assentos, e seguirem em frente.

Entretanto, não foi uma tarefa fácil, já que um dos passageiros não podia se mover sem uma cadeira de rodas. Mas eventualmente, depois de checar a cabine duas vezes, o capitão Sullenberger confirmou que todos haviam evacuado.

A temperatura da água do rio era de apenas 5 graus, e algumas pessoas tinham que mergulhar até os joelhos na água para serem resgatadas. Já que alguns dos escorregadores infláveis estavam parcialmente submersos.

Contudo, a última pessoa foi evacuada às 15 horas e 55 minutos.

Não é de se admirar que esse acidente, ficou conhecido como o Milagre do Hudson! Contra todas as probabilidades não terminou em uma tragédia!

Longe disso todos os passageiros e tripulantes estavam vivos, houve apenas cinco lesões graves e 78 pessoas receberam algum tipo de tratamento.

A manobra de pouso aquático de emergência que sullenberger realizou foi considerada a mais bem sucedida na história da aviação, um verdadeiro milagre! Em 22 de janeiro de 2009 todos os tripulantes da aeronave receberão a medalha de mestre.

Um prêmio que é dado muito raramente, e apenas por conquistas excepcionais na aviação. Aqueles que participaram da operação de resgate também foram premiados, eles receberam certificados de honra.

Foi um milagre, não foi?

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