Será que você conhece a verdadeira história do Panetone?
Símbolo do Natal, o Panetone, é sem dúvidas, um dos principais ícones clássicos presente na mesa do brasileiro.
As tradicionais ceias e almoços natalinos, não dispensam o pão doce recheado com frutas cristalizadas, uva passas e com aroma de baunilha, não é mesmo?
Mas a história verdadeira do Panetone não é bem cheia de encantos como imaginamos, e acabou surgindo inusitadamente. Vamos conhecer?
Conheça a verdadeira História do Panetone
Com ou sem passas, frutas cristalizadas ou lascas de chocolate, fofinho, docinho e delicioso, o Panetone parece ter saído de um conto de fadas, ou melhor: de um Conto de Natal.
Mas, na verdade a sua história verdadeira é um pouco controvérsia, já que surgiu de um descuido de um padeiro.
Primeiramente, você precisa saber que o termo Panetone, veio do termo “Pani di Toni” (em italiano) ou “Pão de Toni” em português.
Ou seja, já deu pra perceber que ele surgiu na Itália, ou mais precisamente na cidade de Milão e durante a Idade Média.
Mas vamos as versões da história.
A história do Panetone
Toni, um padeiro italiano muito dedicado, certa noite de Natal, havia ficado até muito tarde na padaria a pedido do seu chefe, para preparar alguns quitutes Natalinos.
O que ele não sabia é que neste dia iria criar acidentalmente o que viria ser o Panetone.
Ao mesmo tempo em que criava pães e tortas, e entre tantos ingredientes, como farinha, fermento, Toni exausto acabou inserindo por engano manteiga, ovos e frutas cristalizadas, que eram da receita das tortas, no pão.
No entanto, ao levar a “Torta de Pão” para o seu chefe ele acabou sendo surpreendido pelo que tinha acabado de criar.
Porém, ao contrário do que ele imaginava, seu chefe adorou tanto o produto, que o homenageou com o nome “Pane di Toni”.
Como é de se esperar, as pessoas foram falando cada vez mais rápido o nome do pão doce, que consequentemente acabou sendo conhecido por Panetone.
E essa delicia acabou virando um sucesso na cidade toda.
Outras versões da história do Panetone
Mas a história não para por aí, ainda há outras teorias de como o Panetone pode ter surgido.
Por amor:
Segundo uma outra versão, o Panetone também havia sido criado pelo ajudante de cozinha Toni.
Que trabalhava, sendo mais preciso, na padaria Della Grazia, em Milão, bem na época do Duque de Milão Ludovico Sforza, chamado “Il Moro”, no final do século 15 (1452 – 1508).
Nesta história mais romântica, o jovem padeiro apaixonado pela filha do seu patrão, teria inventado o pão doce para impressionar o pai de sua amada.
Foi aí que os fregueses passaram a pedir cada vez mais o “Pani de Toni”, que evoluiu para o “Panattón” (em milanês), e depois para “Panettone” (italiano). E assim ficou conhecido.
Sem querer, para um grande Duque
Ainda em outra lenda, dizia-se que o Natal era celebrado com grandes banquetes, principalmente por pessoas poderosas como Ludovico, o Mouro.
Bem na véspera do Natal, entre os anos de 1494-1500 durante a celebração do Natal a sobremesa principal da ceia da corte tinha sido queimada ao ser assada.
Enquanto isso, um empregado da cozinha chamado Antonio, tinha separado algumas sobras de ingredientes para levar para sua casa.
Mas para que a corte não ficasse sem sobremesa acabou oferecendo sua massa como alternativa.
A receita foi tão apreciada que Ludovico pessoalmente procurou Antonio para saber o nome desta maravilhosa iguaria.
Chamado para responder, e muito desconcertado por ter agradado a corte sem querer, ele disse que a sobremesa não tinha um nome.
Portanto, Ludovico resolveu chamá-la de “Pani de Toni” para homenagear o cozinheiro, o que acabou dando origem ao nome.
Há ainda uma outra história que diz que o panetone foi inventado no século III d. C. e segundo essa versão, ele teria a forma de um pão robusto e grande.
O Panetone no Brasil
No Brasil, o Panetone chegou coincidentemente com a Segunda Guerra Mundial, junto quando os imigrantes italianos vieram para o país.
Naturalmente, a tradição natalina dos italianos acabou agradando os brasileiros que acabaram conhecendo o Panetone quando as grandes colônias italianas vieram pra ficar.
Então, Carlo Bauducco, muito esperto desde aquela época, viu que a novidade podia ser promissora, investiu no pão doce e começou a vendê-lo em 1948 para os brasileiros.
O hábito do consumo dessa especiaria passou a ser adotado sempre no Natal e passado de gerações a gerações.
Atualmente, o Panetone é um dos principais pratos do Natal brasileiro, sendo consumido até mesmo por famílias que não tem descendência italiana.
Conforme o tempo foi passando, a receita foi cada vez mais aprimorada com novos ingredientes.
Na Itália, o negócio é tão sério que desde 2005 existe uma legislação e um decreto assinado.
Este decreto específica os ingredientes e quantidades mínimas que devem ser usadas para que possa ser considerado um panetone de verdade.
São eles: farinha, sal, açúcar, ovos, nata, frutas cristalizadas (no mínimo 20% da massa total), aromas naturais e, detalhe, fermentação natural.
Já no Brasil e em alguns outros países, o panetone leva aroma artificial sabor panetone e a fermentação é acelerada, usando fermentos biológicos secos ou frescos e aumento da temperatura do ambiente.
Portanto se você, já é apaixonado por esses panetones comercializados aqui, imagine experimentar um panetone tradicional com tudo que tem direito e de preferência na Itália?
Outros tipos de Panetone
Não é de se admirar os brasileiros não iriam criar as suas próprias receitas de Panetone, não é mesmo?
Os famosos chocotones, panetones com cobertura, salgados e outras receitas criativas com o pão doce.
Apesar de não poderem ser comercializados como Panetones clássicos, acabaram virando um sucesso tão grande que conquistou até a própria Itália.
Apesar de não poderem ser rotulados como receitas clássicas, são comercializados normalmente como versões desse tipo de pão. E cá entre nós, os brasileiros também são incríveis não é mesmo?
Para você, qual história te convenceu mais de como surgiu essa especiaria? E qual sua versão favorita do Panetone?